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sexta-feira, 3 de novembro de 2006

O ESTADO DA NAÇÃO

Antes de mais, tenho de dizer que, nas últimas eleições, votei na lista encabeçada pelo Engº. José Eduardo Simões. Em consciência, tendo em conta a lista opositora, pareceu-me de longe o melhor para a Académica-OAF. Decorrido este tempo de mandato já podemos fazer um balanço da actuação da direcção. Para fazer esta análise, vou dividir a questão em aspectos económico-financeiros (gestão em geral) e aspectos desportivos.

Quanto ao primeiro tema, não vale a pena voltar a lembrar o estado pouco menos que calamitoso em que encontravam as finanças da nossas Associação quando saiu a direcção liderada pelo Dr. Campos Coroa. Uma das grandes virtudes da actual direcção foi ter voltado a colocar o nome da AAC/OAF no rol dos bons pagadores. Nunca mais a Briosa foi notícia pela falta de pagamento de salários a jogadores ou a fornecedores. Neste aspecto parece-me óbvio que a actual direcção tem de ser felicitada. Se a nível financeiro tudo tem corrido da melhor forma, a nível económico, talvez não se possa dizer o mesmo. O Passivo da nossa instituição tem vindo a subir sistematicamente. Atingiu (nas últimas contas apresentadas) valores bastante significativos que devem merecer uma profunda reflexão e a adopção de medidas que façam inverter esta situação. É óbvio que a subida do Passivo foi acompanhada pela subida do valor do Activo. Isto quer dizer que a instituição terá bens com mais valor, que vale mais no seu todo. Também é óbvio que para se ter mais activos é necessário investir para a sua aquisição, o que leva ao inevitável aumento do Passivo. O problema é que os activos não se têm valorizado como se poderia esperar, pelo que não se vislumbra um retorno efectivo dos investimentos realizados. Isto é uma situação muito preocupante.

Quanto aos aspectos desportivos, é de realçar a permanância da AAC/OAF no escalão maior do futebol nacional. Com maior ou menor dificuldade, tem-se conseguido esse desiderato absolutamente essencial. Quanto a treinadores, passaram pelo banco da Briosa João Carlos Pereira, Nelo Vingada e agora temos o professor Manuel Machado. Apenas o primeiro não cumpriu o seu contrato, tendo saído antecipadamente. O professor Nelo Vingada viu a direcção não renovar o seu vínculo contratual numa opção que considero errada, se bem que compreensível face à grande contestação por parte dos associados. No futebol, como em quase tudo, a estabilidade é essencial para que os bons resultados apareçam. Espero que não se volte a cair no mesmo erro com o actual treinador. No que respeita a contratação de jogadores, penso que é de longe a área em que a actual direcção mais tem errado. Têm sido contratados muitos jogadores. Muitos deles nunca tinham jogado na Europa, aumentando assim o risco de uma eventual inadaptação, como aconteceu a vários. Outros, nunca se percebeu porque foram contratados, pois a sua qualidade era tão diminuta que nem "aqueceram o lugar", saíndo pouco depois. Ora, uma instituição como a Académica, com recursos financeiros limitados, não se pode dar ao luxo de andar a contratar jogadores sem ter a certeza que eles serão uma mais-valia para o seu grupo. Para isso, é essencial um departamento de prospecção que funcione correctamente, quer a nível nacional, quer a nível internacional. No início desta época foi contrato um director desportivo que deveria ser a pessoa designada para liderar o processo de construção do plantel. Pelas situações que já aconteceram, parece-me que continuamos na mesma. Estes problemas, para além de serem de nível desportivo, também vão fazer mossa nas contas, pois se para se contratar um jogador se vai investir, isso faz com que o Passivo suba na medida desse investimento. Se o jogador se revela um "flop", é óbvio que não se vai conseguir fazer render esse investimento, pelo que o Passivo não vai baixar como aconteceria numa eventual futura venda com "lucro". Por outro lado, os campos do Bolão não foram concluídos. É pena que não se tenham reunido as condições para se concretizar uma obra abolutamente estratégica e vital para o futuro da Briosa. A formação de jogadores terá de ser uma fonte de receitas muito importante no futuro. Atletas de qualidade que depois de dar o seu contributo à Académica no aspecto desportivo, darão o seu contributo no aspecto financeiro quando se negociar o seu passe. Para que a formação trabalhe em pleno, com resultados positivos, é absolutamente necessário que exista uma "casa". Essa "casa" terá de ser o Bolão.

Como anteriormente ficou bem expresso, considero a estabilidade um bem muito importante, tanto para as instituições, como para as pessoas (que se sentem mais seguras e, consequentemente, demonstram todo o seu valor). No entanto estabilidade não quer dizer unanimidade, nem imobilismo. Nas próximas eleições espero que apareça mais do que um candidato à presidência da direcção. A nossa grande instituição está bem "recheada" de pessoas com perfil e com qualidades humanas e técnicas para assumir essas funções. Na minha opinião, só assim se poderão discutir todos os problemas que preocupam os académicos. Só assim há verdadeira democracia. Nessa altura decidirei (decidiremos) novamente em consciência. Até lá, vamos continuar a apoiar a equipa de futebol sénior para que as dificuldades sejam definitivamente ultrapassadas e possamos fazer um campeonato tranquilo. Só sentindo o calor dos associados é que os atletas poderão ter a paz de espírito necessária para jogar bem e vencer. Vamos todos apoiar a Briosa contra o Estrela! Na altura própria discutiremos as eleições e escolheremos o melhor para a Briosa!

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